Pois existem casos em que o paciente se queixa de um nariz grande, com o “caroço” no dorso do nariz, que nada mais é do que o efeito do padrão respiratório sobre a conformação da face. O hábito de respiração bucal gera este padrão, além de provocar alterações esqueléticas também na maxila e mandíbula que deverão ser levados em conta. A presença de desvio septal, hipertrofia de cornetos e outros aspectos devem ser levados em conta, pois podem e devem ser corrigidos no mesmo tempo cirúrgico.
Uma vez avaliadas estas características, iremos determinar a melhor via de abordagem, que pode ser aberta ou fechada, quais os locais de fratura, a necessidade de uso de enxertos de cartilagem para estruturar o nariz e outros tantos, que serão discutidas e explicadas levando em consideração os desejos do paciente e os aspectos de cada caso.
Após feitas as avaliações clínicas e laboratoriais, o paciente está pronto para operar. Realizo a cirurgia sempre em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, geralmente com um dia de internação. Nos casos de fratura para reposicionamento dos ossos do nariz, uma imobilização será feita com um plástico termo moldável ou gesso no dorso do nariz. Os temidos tampões nasais, são utilizados para manter os tecidos internos posicionados, diminuindo a chance de hematomas no pós-operatório. Estes são mantidos cerca de 48 horas, a retirada é realizada no consultório e por usarmos produtos umectantes estrutura com baixa adesividade nos tecidos, a retirada costuma ser suave, sem desconforto.
No período de uma semana após a cirurgia é importante que sejam tomados alguns cuidados, como a manutenção da cabeceira da cama elevada, não fazer esforços, nada de academia e sem expor-se ao sol. No final deste período a imobilização é retirada e substituída por um curativo com micropore, a fim de orientar a cicatrização e diminuir a fibrose. A terapia com drenagem linfática e laser de baixa frequência deverão ser realizadas.